30 abril 2007

Até parece mentira

Passeava eu, numa tarde bem agradável, por São Pedro do Sul, quando me deparei com um enorme cartaz que me dizia "Não vá mais longe... Termas de Alcafache... Aqui tão perto". Nem queria acreditar naquilo que vi. Não é que as Termas de Alcafache não possam fazer a sua publicidade em São Pedro do Sul. Vivemos numa democracia e em globalização. As respectivas termas estão no seu direito de fazer publicidade e onde bem querem. Não sei o que pensam, mas a mim dá-me vontade de rir...
As Termas de Alcafache têm apostado, nos últimos tempos, num rejuvenescimento da sua marca. O seu principal produto é a vinoterapia, que consistem na utilização dos produtos extraídos da uva, desde a graínha, à própria casca e ao sumo. A aposta é tal, que foi contratada uma figura pública bem conhecida de todos nós, como modelo para campanhas publicitárias. Passei pelas Termas de Alcafache uma única vez, há um ano. Não me pareceu nada de muito importante, pareceu mais uma pequena aldeia. No entanto, está a apostar forte no seu reconhecimento.
Só espero que todas as entidades de São Pedro do Sul tenham visto este cartaz. Assim, se leva um produto ao seu consumidor. Tenho a certeza de que em Alcafache, nem em qualquer parte do País, não haverá um cartaz das Termas de São Pedro do Sul.
Quanto a São Pedro do Sul e aos seus políticos, publicarei brevemente um post intitulado "Parado no tempo" (como, aliás, prometi no primeiro post deste blog).

Queima das Fitas!!!

No dia 6 de Maio (próximo domingo) começa aquela que é a maior actividade realizada na "bela" cidade do Porto. Durante uma semana, a cidade não dorme e as suas ruas são invadidas por milhares de estudantes, não só do Porto, mas de todo o País. Assim, esperamos por todos vós!


http://www.queima2007.com/

03 abril 2007

Entre a Argentina e o Reino Unido

Fez ontem 25 anos que as Ilhas Falkland (como os ingleses lhes chamam) ou Malvinas (como são conhecidas em todo o mundo não anglo-saxónico), colónias britânicas, foram invadidas por forças terrestres e navais da República Argentina, então governada por uma sanguinária Junta Militar, então liderada por Leopoldo do Galtieri.
Esta colónia britânica é constituída por duas ilhas principais e um número elevado de ilhas menores, situadas ao largo da costa da Argentina. O nome "Falklands" foi dado por John Strong em 1690, em homenagem ao Visconde de Falkland, que era uma cidade na Escócia, enquanto que o nome "Malvinas" deriva do nome francês "Îles Malouines", dado em 1764 por Louis Antoine de Bougainville em referência à cidade francesa de Saint-Malo (de referir, que estas ilhas também pertenceram à França).
Mas que ilhas são estas para provocarem esta tensão entre os dois países? À época nem a grande maioria dos britânicos conheciam onde elas se situavam, pensando tratar-se de um grupo de ilhas ao longo da costa escocesa. Dos dois lados existiam questões de orgulho para a disputa destas ilhas. Com uns 7 mil km2, o arquipélago não é tão pequeno como possa julgar-se. Mas chove 200 dias por ano e a paisagem, inóspita, é feita de turfeiras e colinas rochosas. Elas eram habitadas, em 1982, por 1800 pessoas, todos descendentes de ingleses, escoceses e galeses. Para além disso, o petróleo existente não é em quantidade que justifique a exploração. A única razão encontrada foi a soberania e o orgulho ferido.
A "Guerra das Malvinas" fez, qualquer coisa como, 258 mortos, do lado inglês e 694, do lado argentino, para além, de quase 2000 feridos, entre um lado e outro. A então primeira-ministra Margaret Thatcher, não tinha intenções de largar de mão beijada este pequeno arquipélago, e não deixou. Foi com esta guerra que Thatcher construiu grande parte do seu carisma. Mas, será que era necessário chegar aos confrontos?
No dia das comemorações do início da guerra (ontem), a Argentina voltou a realçar a importância de reabrir as negociações para a passagem das ilhas para as suas mãos. Do outro lado, as comemorações decorreram normalmente. Quanto à resposta britânica, aguarda-se!

02 abril 2007

Bom de mais para ser verdade

Sem tornar este blog demasiado futebolístico, não é o seu principal objectivo, não poderia deixar de expressar o meu descontentamento em relação àquilo que se passou durante o jogo de ontem, que opôs a equipa do meu coração, à equipa anfitriã da cidade onde estudo e, que para mim, será das mais bonitas de Portugal (Benfica vs. Porto).
Terá sido, talvez, a primeira vez que na semana anterior ao jogo, não existiram comentários de parte a parte a incendiarem o jogo. Tivemos uma semana tranquila, nem parecia que (dia 1 de Abril) iríamos ter um jogo tão importante. Nada de comentários desmesurados, nada de picardias, nada de nada...
Infelizmente era bom de mais para ser verdade! Porque o meu clube teve que estragar a festa e se tem de haver um culpado, há só um, e chama-se Luís Filipe Vieira.
Mas, o que quero eu dizer com isto? É muito simples. Para quem ouviu as notícias entre a noite de ontem e esta manhã, saberá que houve desacatos entre claques e que rebentaram sete (7?!) petardos no meio de adeptos benfiquistas. Estes petardos foram lançados pela claque do Porto. Até aqui, nada de muito anormal para estes jogos. Claro está, que não deveria ser normal estas coisas acontecerem, mas é o civismo que temos. O que mais me incomodou e que podería ser evitado, é que estes petardos rebentaram na zona de adeptos benfiquistas, porque a claque portista foi colocada no terceiro anel do Estádio da Luz, o que não costuma acontecer nos outros jogos. As claques das equipas visitantes têm sempre o mesmo lugar, junto ao relvado, atrás de uma baliza. É sempre no mesmo sítio. Mas ontem, os responsáveis do Benfica lembraram-se que o melhor era colocar a claque portista no terceiro anel, com todos os problemas que poderíam causar e mais, sabendo da dificuldade da polícia em controlá-los naquele sítio. Uma coisa é estar junto ao relvado onde se tem espaço de visão e controlo, outra é estar no terceiro anel.
Com esta situação, os adeptos benfiquistas ficaram vulneráveis e levaram com petardos, cadeiras e tudo o que a claque portista se lembrou de mandar para cima deles. Entre os adeptos encarnados encontravam-se pessoas mais velhas e também crianças. Imagino o medo daquelas pessoas, durante o jogo todo, já que vivi a mesma situação há dois anos do Estádio de Alvalade, num jogo de má memória para a minha equipa. Não conheço as razões para os responsáveis do Benfica terem mudado o sítio da claque visitante, mas que não foi boa ideia, não foi. Como é possível chamar-se as famílias para virem ao estádio, quando aconteceu estás coisas. Quanto à entrada de petardos, bem aqui não me admira nada. Em qualquer estádio neste país, entra-se sem qualquer problema. Esta temporada, fui ver dois jogos para a Liga dos Campeões no Estádio da Luz e nem sequer fui revistado. Nada. E uma das vezes até levava uma mochila. É inadmissível! E não me espanta que seja assim em todos os estádios.
Mais uma vez os dirigentes desportivos demonstram a sua ignorância. O sr. Luís Filipe Vieira demonstrou como não se recebe um adversário, independentemente das rivalidades estúpidas entre os dois clubes, e mesmo, as duas cidades. É por estas coisas que um clube se torna grande e prestigiado!

in porta10a.blogspot.com/2006_09_01_archive.html

01 abril 2007

Deixem marcar o Romário!

Nos últimos meses, os brasileiros e todos os amantes do desporto-rei em todo o mundo têm assistido às constantes notícias de um dos melhores avançados brasileiros de todos os tempos. Romário de Souza Faria, mais conhecido apenas por Romário quer chegar à marca histórica dos mil golos (1000!?). Ele que um dia confessou que jogaria até aos 50 anos, se fosse preciso para alcançar tal feito. Bem, essa marca poderá ser atingida hoje , com 41 anos, num dos estádios mais mitícos de todo o mundo - o Maracanã -, onde o "baixinho" sempre sonhou marcar o milésimo golo.

in http://www.cafeesaude.com.br/consumidores/romario.htm


Até aqui tudo bem. Romário é, sem dúvida, dos melhores avançados de sempre do futebol brasileiro e, mesmo de todo o mundo. Mas já começa a cansar estas notícias constantes, "do marca, não marca". Ele que se notabilizou por jogar "parado" até ficou de fora no jogo da última quarta-feira, que opôs a sua equipa - o Vasco da Gama - contra o Américo, para se "resguardar" para o Maracanã. Deixem o homem marcar de uma vez por todas! Não tenho nada contra ele, mas já chatei abrir a maioria dos jornais e aparecer a notícia "é hoje que atinge os mil?"! Mas, mais grave do que isso, é que Romário não vai atingir os mil, nem hoje, nem nos próximos tempos. Isto segundo a FIFA (que quanto a credibilidade, não é o melhor exemplo). A FIFA argumenta que Romário está a contabilizar 77 golos feitos nas divisões amadoras e 21 em encontros festivos, golos que não entram para a contabilidade da FIFA. Então, onde é que ficamos? O árbitro do jogo de hoje, já veio anunciar que, caso o "baixinho" marca hoje, vai interromper o jogo durante alguns minutos para os festejos. Sendo assim, faço aqui um apelo aos jogadores do Botafogo, passem-lhe a bola e deixem marcar o Romário!

Viva a Cultura!


No passado dia 2 de Março, "A TOCATA" - Orquestra Ligeira Juvenil de São Pedro do Sul levou os sampedrenses por uma viagem de ritmos músicais variados. Do Jazz ao Rock, passando pela Bossa Nova, o grupo agradou aos presentes.


A noite, no entanto, começou nervosa para todos nós. Até parecia que era a primeira vez que estavamos em cima de um palco. Mas o local, não era um qualquer. O Cine-Teatro São Pedro, com toda a sua beleza arquitectónica, transporta-nos para um outro mundo. Transporta-nos para 1925, data da sua inauguração. Todos os sampedrenses devem estar orgulhosos por terem, de novo e após muitos anos fechado, um espaço como este, que muitos, nas zonas mais ricas do País, envegariam. Parabéns à Câmara Municipal, por ter lutado por este espaço (talvez a única obra que mereça os meus parabéns, mas sobre os problemas de São Pedro do Sul, prometo voltar ao assunto).

Com o desenrolar do concerto, os nervos foram passando e toda a magia daquele espaço foi-nos embalando. No fim, os parabéns, os agradecimentos, o sentimento de dever cumprido. O dever pelo qual lutamos todos os dias - levar a cultura "às gentes da nossa terra".