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Carrega Benfica!
Irritação, tristeza, frustação... Esses são alguns dos adjectivos que se poderão aplicar ao sentimento actual da grande maior parte dos benfiquistas. Pelo menos, é esse o meu estado de espírito, após as duas derrotas no campeonato, perante a Académica (em casa) e o Nacional (fora).
Muita tinta tem corrido, desde ontem à noite, após o apito final do jogo que ditou a segunda derrota do Benfica, no presente campeonato. Duas derrotas, em dois jogos. Três derrotas, em três jogos oficiais. Os comentadores apresentam as suas teorias do que poderá estar mal e dos possíveis erros que, tanto Jorge Jesus, como Rui Costa e Luís Filipe Vieira cometeram e levaram este Benfica a entrar em "crise". O Roberto já foi crucificado e, segundo notícias de última hora, já estará a preparar as malas para voltar a Espanha. E, quem sabe, seja acompanhado pelos reforços...
Muito se podia especular e se tem especulado sobre a actual situação do Benfica e sobre toda a preparação da nova época. São muitas as teorias e, acredito que todas tenham uma ponta de verdade. É verdade que as saídas de Dí Maria e Ramires não foram devidamente compensadas, a chegada tardia dos jogadores que tiveram no Mundial veio dificultar a preparação da nova época, a má forma de alguns dos jogadores mais influentes, a aposta no reforço da equipa com jogadores mais jovens (logo, para o futuro) em detrimento de jogadores que lutassem, de caras, por um lugar no onze, ou mesmo, a má forma de Roberto. (Sim, má forma. Não acredito, ou não quero acreditar, que o Roberto tenha sido contratado sem ter sido criteriosamente observado. Estamos a falar de um jovem guarda-redes que foi titular do Atl. Madrid - perdendo a titularidade após uma lesão - e fez um grande final de época no Saragoça. O Quim também teve muitos deslizes, tendo mesmo passado por uma fase idêntica. O Eduardo (actual titular da Selecção) teve vários momentos infelizes durante a época passada, para não falar do "grande herói nacional", do Euro 2004, o Ricardo, ou mesmo, o próprio Hélton, titularíssimo do FC Porto).
Todas estas razões são válidas e poderíamos acrescentar muitas outras. No entanto, há uma que gostaria de acrescentar e que tem feito toda a diferença, relativamente à época passada. Essa diferença tem haver com o estado de espírito dos adeptos e do apoio que têm dado. Refiro-me ao entusiasmo que os adeptos demonstraram durante toda a época passada, desde a primeira à última jornada. O "andor", como lhe chamou, ao longo da época transacta, o Dr. Rui Moreira, no programa Trio d'Ataque. Esse "andor" perdeu-se, e não quero acreditar que tenha sido, só, pelos maus resultados da pré-época. É esse 12º jogador que tem faltado, e que não esteve presente ontem à noite no Estádio da Choupana e contra a Académica, na Luz. É esse "andor", que faz a força do Benfica e do Estádio da Luz, um verdadeiro inferno. É esse "andor" que os dirigentes do Benfica e o próprio Jorge Jesus, não conseguiram reanimar, neste início de época.
Neste momento difícil, é fácil crucificar um ou outro jogador, mas será mais fácil, todos os benfiquistas se unirem, tal como o fizeram (e bem) durante a época passada, e apoiarem o Benfica, em qualquer lugar que ele jogue, para repetirmos os momentos inesquecíveis, como o foram as enchentes ao estádio de Guimarães, Beleneneses ou Leiria.
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Notícia do mês de Julho (II) - "Um assento na administração pública"
"Eis uma pérola tailandesa publicada no blogue Thai 101 - uma carta de uma funcionária da província de Sri Prachan, do distrito de Suphanburi, algures a noroeste de Banguecoque. Uma infeliz trabalhadora da repartição local da Direcção-Geral dos Impostos, mesmo padecendo de dores lombares crónicas, é impedida de utilizar a sua cadeira de trabalho por esta ser semelhante à do seu director.
14 de Janeiro de 2010
Assunto: Pedido de esclarecimento de utilização de cadeira própria num local de trabalho da administração pública
Para: Director-Geral dos Impostos de Sri Prachan
Eu, abaixo assinada, Rasmi Thaisitthipong, fiscal do Ministério das Finanças, afecta aos serviços da Direcção-Geral dos Impostos de Sri Prachan desde 21 de Novembro de 2007, utilizo uma cadeira especial, adquirida por mim, para o exercício das minhas funções. As cadeiras atribuídas a este serviço são desconfortáveis e impedem-se de cumprir as minhas funções adequadamente, uma vez que sofro de dores lombares crónicas. Nestas circunstâncias, tenho a minha própria cadeira, a mesma que sempre utilizei em todos os meus locais de trabalho. Até hoje, às 15h34, hora a que recebi uma chamada telefónica do gabinete do Director-Geral dos Impostos informando-me que o Sr. Chamant solicitava que eu retirasse a cadeira do local de trabalho. Nunca nenhum superior me tinha interpelado sobre a utilização da minha cadeira por não ser adequada ao exercício das minhas funções. Foi-me solicitado que utilizasse um dia de férias para retirar a cadeira.
Acuso a recepção desse contacto telefónico. No entanto, não retirarei a cadeira do meu local de trabalho e solicito a continuação da sua utilização no decorrer das minhas funções, uma vez que não recebi qualquer ordem por escrito para a remoção da mesma. Nessa ocorrência acatarei a ordem de imediato.
Solicito, igualmente, a leitura atenta do regulamento da Direcção-Geral dos Impostos de Sri Prachan e agradeço que me informem qual o artigo que interdita a utilização de mobiliário pessoal no exercício de funções oficiais.
Sem outro assunto, queira V. Exa. aceitar os mais respeitosos protestos da minha elevada estima e consideração.
Rasmi Thaisitthipong, fiscal de finanças.
A resposta manuscrita a este pedido de esclarecimento terá demorado quatro dias e rezava:
Exma. Senhora,
A cadeira em apreço não é adequada às suas funções porque é semelhante à do Director-Geral dos Impostos de Sri Prachan. Assim sendo, os contribuintes que utilizam este serviço não conseguem distinguir quem é, ou não é, o responsável. Queira utilizar o mobiliário fornecido pela administração central. No respeitante às suas maleitas lombares, deverá ter mais cuidado e consultar regularmente o seu médico de família."
Courrier Internacional, n.º 173, p. 103
Notícia do mês de Julho (I) - "Multibanco dá lingotes"
"Em Abu Dhabi, já é possível levantar lingotes de ouro no multibanco. Os clientes podem levantar barras e lingotes sem sair do hotel. O valor é actualizado de dez em dez minutos em função das cotações no mercado. A máquina é revestida a folha de ouro de 24 quilates para não destoar da decoração dourada do Hotel Emirates Palace. Por baixo, o Gold to Go esconde uma estrutura de aço ultra-resistente que pesa meia tonelada. «Seriam necessários explosivos militares para o arrombar», assegura o seu inventor, Thomas Geissler, citado pelo diário dos Emirados The National."
Courrier Internacional, n.º 173, p. 105
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