22 junho 2011

Maria Margarida Figueiredo: 23/10/1962 - 22/06/2011




Querida Mãe,


Neste dia de dor e sofrimento, a tua partida representa para nós a perda de uma referência, de um farol que nos encaminhava para um porto seguro, reconfortante e que nos guiava no meio das tempestades.


Hoje, esse farol apagou-se. Não te escondo que ficamos todos à deriva. Mas também sei que outros faróis se irão iluminar. Não serão iguais, é certo. Não terão uma luz tão intensa, é impossível. Mas sabemos que nos ajudarão a seguir as nossas viagens.


Quando penso na tua partida, não te escondo a tristeza que tenho de perderes todos os acontecimentos que ainda tinhas pela frente. Desde os nossos casamentos, o aparecimento dos netos (de que tanto falavas e desejavas), ou simplesmente, de gozares aquilo pelo que tanto lutastes.


Essa luta levou-te a saíres do País, a trabalhares incansavelmente, sempre com o objectivo de proporcionares um futuro melhor para mim e para o Dário. Ensinaste-nos a batalhar neste mundo tão cruel e injusto, a lutarmos pelos nossos objectivos, pelo nosso futuro mas também a sermos humildes e amigos dos nossos amigos.


Hoje, não encontro as palavras certas, nem suficientes, para te agradecer aquilo que fizeste por nós, ao longo dos teus, curtos, quarenta e oito anos. Só me resta dizer-te que sentimos muitas saudades tuas e que nos acompanharás, para sempre, nos nossos corações.


Amamos-te,


Filhos e marido