Hoje é oficialmente o fecho da época 2015/2016, pelo menos
contabilisticamente, uma vez que no campo os trabalhos retomaram.
Como balanço futebolístico da época que agora termina, o Benfica prosseguiu a sua senda de vitória a nível interno, conseguindo dois troféus, em quatro possíveis (Liga, Taça de Portugal, Taça CTT e Supertaça), para além de uma campanha europeia ao nível da sua longa história.
A época foi difícil, ainda para mais nas circunstâncias em que se iniciou. Saída atribulada, de um treinador que ganhou muito pelo Clube e com seis anos de casa. Entrada de um novo treinador, com muita desconfiança de uma grande parte dos adeptos e até dentro da própria estrutura directiva. Uma pré-época mal planeada pela equipa técnica anterior. E com uma, aparente, mudança de paradigma, através da aposta na formação. Para piorar ainda mais a situação, primeiro jogo oficial (Supertaça) contra o eterno rival, Sporting, mas acima de tudo, contra o antigo treinador e o “fantasma” de Jorge Jesus, sempre presente dentro do Clube ao longo de toda a época.
O início da época foi muito difícil. Derrota na Supertaça, empate com o Arouca, num estádio de Aveiro encarnado e humilhação, em casa, contra o Sporting. Tinha tudo para correr mal, como corre na maior parte das vezes em que é iniciado um novo ciclo (basta recordar o FC Porto pós-Mourinho). Em Dezembro, empate na Madeira com o União e sete pontos de atraso para o líder Sporting e cinco para o segundo classificado Porto. Neste dia ficou claro para muitos benfiquistas, nos quais me incluo, que a época seria miserável. A derrota com o Porto, em casa, seria o culminar de uma profunda depressão em que a família benfiquista teimava em quer mergulhar. A juntar a isso, as lesões de elementos cruciais, Luisão, Júlio César, Gaitán, Salvio, Gaitán (a espaços).
No entanto, um acontecimento externo levou à união de jogadores e treinador. A célebre conferência de imprensa de Jorge Jesus, na sua baixeza de sempre e característica, não considerando o seu colega de profissão Rui Vitória como treinador de futebol, foi um dos momentos marcantes e de reviravolta do campeonato. A partir desse momento, foi visível a união criada dentro do grupo de trabalho, assistindo-se a momentos de grande futebol e de vitórias atrás de vitórias. Outra situação também foi crucial para o regresso às vitórias e o aproximar dos dois primeiros classificados. Começou a verificar-se uma alteração de estilo de jogo e a inclusão de novas ideias. Muitos apelidaram que Rui Vitória começou a pensar pela sua cabeça, abdicando de um passado ainda muito presente. A inclusão de puto maravilha é, de alguma forma, essa mudança. Com Renato Sanches a equipa ganhou irreverência, criatividade, um motor. No fundo, a ligação defesa-ataque que faltava e que outros tentaram colmatar sem sucesso. Era o 8 que faltava, o box-to-box.
Com as vitórias a sucederem-se, os jogos empolgantes na Europa, os golos do super Jonas, a magia de Gaitán, a onda encarnada começou a crescer, até porque o rival da Segunda Circular não dava tréguas. De vitória em vitória, o 35 chegou (e tantos fomos os que o pediram…)! Nunca estivemos tão perto do fracasso, mas conseguimos levantar a cabeça e reerguermo-nos, contra tudo, mas acima de tudo, contra nós próprios, contra a história, contra as estatísticas. No final, 88 pontos, recorde de pontos, o 35 era nosso! Tricampeões!
Não posso deixar de destacar a aposta na formação, com a inclusão de jovens jogadores da “casa”, que entraram na equipa sem qualquer pressão e puderam mostrar todo o seu valor. Renato Sanches, Ederson, Lindelof, Nélson Semedo, Gonçalo Guedes, entre muitos outros que ainda virão. Uma equipa de futebol não se faz apenas de jovens formados localmente, mas também são precisos, até porque muitos deles são a personificação da mística benfiquista, ajudando os jogadores que vêm de fora a integrassem melhor naquilo que realmente representa o Clube.
Por fim, destacar o Presidente, Luís Filipe Vieira, pela aposta em Rui Vitória e por ter acreditado, naquele que foi, o seu treinador durante algum tempo e só mais tarde o treinador de todos os benfiquistas.
Como balanço futebolístico da época que agora termina, o Benfica prosseguiu a sua senda de vitória a nível interno, conseguindo dois troféus, em quatro possíveis (Liga, Taça de Portugal, Taça CTT e Supertaça), para além de uma campanha europeia ao nível da sua longa história.
A época foi difícil, ainda para mais nas circunstâncias em que se iniciou. Saída atribulada, de um treinador que ganhou muito pelo Clube e com seis anos de casa. Entrada de um novo treinador, com muita desconfiança de uma grande parte dos adeptos e até dentro da própria estrutura directiva. Uma pré-época mal planeada pela equipa técnica anterior. E com uma, aparente, mudança de paradigma, através da aposta na formação. Para piorar ainda mais a situação, primeiro jogo oficial (Supertaça) contra o eterno rival, Sporting, mas acima de tudo, contra o antigo treinador e o “fantasma” de Jorge Jesus, sempre presente dentro do Clube ao longo de toda a época.
O início da época foi muito difícil. Derrota na Supertaça, empate com o Arouca, num estádio de Aveiro encarnado e humilhação, em casa, contra o Sporting. Tinha tudo para correr mal, como corre na maior parte das vezes em que é iniciado um novo ciclo (basta recordar o FC Porto pós-Mourinho). Em Dezembro, empate na Madeira com o União e sete pontos de atraso para o líder Sporting e cinco para o segundo classificado Porto. Neste dia ficou claro para muitos benfiquistas, nos quais me incluo, que a época seria miserável. A derrota com o Porto, em casa, seria o culminar de uma profunda depressão em que a família benfiquista teimava em quer mergulhar. A juntar a isso, as lesões de elementos cruciais, Luisão, Júlio César, Gaitán, Salvio, Gaitán (a espaços).
No entanto, um acontecimento externo levou à união de jogadores e treinador. A célebre conferência de imprensa de Jorge Jesus, na sua baixeza de sempre e característica, não considerando o seu colega de profissão Rui Vitória como treinador de futebol, foi um dos momentos marcantes e de reviravolta do campeonato. A partir desse momento, foi visível a união criada dentro do grupo de trabalho, assistindo-se a momentos de grande futebol e de vitórias atrás de vitórias. Outra situação também foi crucial para o regresso às vitórias e o aproximar dos dois primeiros classificados. Começou a verificar-se uma alteração de estilo de jogo e a inclusão de novas ideias. Muitos apelidaram que Rui Vitória começou a pensar pela sua cabeça, abdicando de um passado ainda muito presente. A inclusão de puto maravilha é, de alguma forma, essa mudança. Com Renato Sanches a equipa ganhou irreverência, criatividade, um motor. No fundo, a ligação defesa-ataque que faltava e que outros tentaram colmatar sem sucesso. Era o 8 que faltava, o box-to-box.
Com as vitórias a sucederem-se, os jogos empolgantes na Europa, os golos do super Jonas, a magia de Gaitán, a onda encarnada começou a crescer, até porque o rival da Segunda Circular não dava tréguas. De vitória em vitória, o 35 chegou (e tantos fomos os que o pediram…)! Nunca estivemos tão perto do fracasso, mas conseguimos levantar a cabeça e reerguermo-nos, contra tudo, mas acima de tudo, contra nós próprios, contra a história, contra as estatísticas. No final, 88 pontos, recorde de pontos, o 35 era nosso! Tricampeões!
Não posso deixar de destacar a aposta na formação, com a inclusão de jovens jogadores da “casa”, que entraram na equipa sem qualquer pressão e puderam mostrar todo o seu valor. Renato Sanches, Ederson, Lindelof, Nélson Semedo, Gonçalo Guedes, entre muitos outros que ainda virão. Uma equipa de futebol não se faz apenas de jovens formados localmente, mas também são precisos, até porque muitos deles são a personificação da mística benfiquista, ajudando os jogadores que vêm de fora a integrassem melhor naquilo que realmente representa o Clube.
Por fim, destacar o Presidente, Luís Filipe Vieira, pela aposta em Rui Vitória e por ter acreditado, naquele que foi, o seu treinador durante algum tempo e só mais tarde o treinador de todos os benfiquistas.