03 abril 2007

Entre a Argentina e o Reino Unido

Fez ontem 25 anos que as Ilhas Falkland (como os ingleses lhes chamam) ou Malvinas (como são conhecidas em todo o mundo não anglo-saxónico), colónias britânicas, foram invadidas por forças terrestres e navais da República Argentina, então governada por uma sanguinária Junta Militar, então liderada por Leopoldo do Galtieri.
Esta colónia britânica é constituída por duas ilhas principais e um número elevado de ilhas menores, situadas ao largo da costa da Argentina. O nome "Falklands" foi dado por John Strong em 1690, em homenagem ao Visconde de Falkland, que era uma cidade na Escócia, enquanto que o nome "Malvinas" deriva do nome francês "Îles Malouines", dado em 1764 por Louis Antoine de Bougainville em referência à cidade francesa de Saint-Malo (de referir, que estas ilhas também pertenceram à França).
Mas que ilhas são estas para provocarem esta tensão entre os dois países? À época nem a grande maioria dos britânicos conheciam onde elas se situavam, pensando tratar-se de um grupo de ilhas ao longo da costa escocesa. Dos dois lados existiam questões de orgulho para a disputa destas ilhas. Com uns 7 mil km2, o arquipélago não é tão pequeno como possa julgar-se. Mas chove 200 dias por ano e a paisagem, inóspita, é feita de turfeiras e colinas rochosas. Elas eram habitadas, em 1982, por 1800 pessoas, todos descendentes de ingleses, escoceses e galeses. Para além disso, o petróleo existente não é em quantidade que justifique a exploração. A única razão encontrada foi a soberania e o orgulho ferido.
A "Guerra das Malvinas" fez, qualquer coisa como, 258 mortos, do lado inglês e 694, do lado argentino, para além, de quase 2000 feridos, entre um lado e outro. A então primeira-ministra Margaret Thatcher, não tinha intenções de largar de mão beijada este pequeno arquipélago, e não deixou. Foi com esta guerra que Thatcher construiu grande parte do seu carisma. Mas, será que era necessário chegar aos confrontos?
No dia das comemorações do início da guerra (ontem), a Argentina voltou a realçar a importância de reabrir as negociações para a passagem das ilhas para as suas mãos. Do outro lado, as comemorações decorreram normalmente. Quanto à resposta britânica, aguarda-se!

1 comentário:

Rui Miguel Ribeiro disse...

Glorious Victory!
Rule Britannia, Britannia rules the waves!!!