09 outubro 2009

Campanha eleitoral em São Pedro do Sul

Comentei no site de campanha do PS, no dia 9 de Setembro de 2009:

Caro Dr. José Carlos Almeida,

Parece que vamos ter mais uma campanha em que vale tudo e em que a estratégia eleitoral passa por, só, dizer mal do executivo camarário (pelo menos é o que vemos neste blogue).

Mas,

- Quais são as suas ideias para São Pedro do Sul?

- Qual a sua política para a juventude, que cada vez mais tem de sair de São Pedro do Sul para ter alguns horizontes?

- Qual o seu modelo de desenvolvimento para as Termas?

- Qual a sua aposta para o desenvolvimento do Concelho (Turismo ou Indústria, os dois ou outro)?

- Qual a sua opinião e, posteriormente caso seja eleito, sobre o número exagerado de funcionários municipais, que levam a uma total ineficiência dos serviços?

- Qual a sua política educativa e cultural?


Em resumo, qual é o seu projecto para tirar São Pedro do Sul deste "coma profundo", em que se encontra há vinte anos?



Resposta do Dr. José Carlos Almeida ao meu comentário, no dia 11 de Setembro de 2009:

Meu caro amigo João Figueiredo, vejo que é um jovem preocupado com a nossa terra, estudante de áreas que lhe permitem ter uma visão do mal crónico de que S. Pedro padece há muito. Isto por falta de uma estratégia, mas, pior do que isso, por uma falta de gosto pelo concelho, por uma gestão interesseira de amigos, esquecendo-se do concelho real, assistindo ao esvaziar de oportunidades que outros concelhos limítrofes têm conseguido.S. Pedro do Sul tem potencialidades endógenas, como sejam: as termas, o rio, a montanha, as nossas aldeias que, com planos integrados de desnvolvimento, criarão riqueza e emprego para os seus filhos. É urgente criar as novas vias externas comunicando com Viseu, a A25 e a A24, por Pindelo. Estas acessibilidades tornarão o concelho atractivo ao investimento externo, nomeadamente indústria. Nós queremos indústria com novas tecnologias que crie postos de trabalho que venham de encontro à aspiração dos nossos jovens e que preserve o nosso meio ambiente; emprego estável e de qualidade superior.Todo este desenvolvimento fará um concelho desenvolvido quer no campo industrial quer no campo turístico. E aqui é fundamental um PDM (que não existe) que preserve o seu potencial turistíco, que o não destrua como temos vindo a assistir nos últimos anos. Por isso tem de ser um plano de desenvolvimento integrado.As termas são um potencial ainda muito por explorar: melhorar a qualidade dos serviços prestados aos nossos aquistas, criar novas respostas: piscinas de água aquecida que permitam o seu uso todo o ano. Para isso é necessário a desinfestação dos rios, urgente resolver o saneamento básico. Procura de outras respostas no campo da energia.Um novo olhar para as respostas que são necessárias para os nossos idosos: unidade móvel de saúde. Respostas às nossas crianças e familias com a criação de creches, ATL... Em relação aos funcionários da Câmara, uma palavra de esperança: todos vão ser necessários para a construção de um S. Pedro novo. Há muito trabalho e projectos a fazer e muito apoio às freguesias a realizar. Serão precisos todos e todos se sentirão necessários para o seu concelho.A minha visão humanista não persegue o homem, antes procura integrá-lo. E todos não seremos demais para os desafios que aí vêm. O povo nos dará a sua confiança, tenho a certeza.



Respondi ao Dr. José Carlos Almeida no site de campanha do PS, no dia 11 de Setembro de 2009:

Caro Dr. José Carlos Almeida,

Vejo que apresenta algumas ideias que, também, me parecem essênciais para o desenvolvimento de São Pedro do Sul, isto é, abrir S. Pedro para o mundo.

Contudo, não posso concordar consigo relativamente à segunda parte do seu texto. Peço desculpa dizê-lo, mas, não passa de demagogia. Eu percebo. Não quer perder votos. É uma proposta que nenhum candidato, alguma vez faria, sob pena de morrer antes da guerra começar. Mas é demagogia.

Para haver um desenvolvimento brutal (que é isso que S. Pedro precisa, para não ficar ainda mais atrasado), terá que haver um corte, também ele, brutal nas despesas. Quais serão, então? Vai obrigar os funcionários trazer papel higiénico de casa, como acontece na Câmara Municipal de Lisboa?! A questão dos funcionários, não é só uma questão de despesa, é também uma questão de eficiência. Eficiência de um serviço prestado à comunidade, que deve ser de qualidade. E, neste momento, não o é. Nem em São Pedro do Sul, nem na maioria dos serviços públicos, seja na Administração Central ou Local (salvo honrosas, muito honrosas, excepções). Porquê? Porque são demasiados e sem competências para os lugares que ocupam.

Dói? Claro que dói. Especialmente, em tempos de crise. Mas, a crise não irá durar para sempre... E, tanto, São Pedro do Sul como Portugal precisam de líderes, grandes líderes, que saibam tomar as decisões certas, mesmo que isso possa doer.

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